O espraiamento da nasalização é observado desde a primeira gramática da língua portuguesa e por ortógrafos. Ele é um processo de assimilação que ocorre quando a nasalização da consoante se estende sobre um segmento vocálico adjacente. Esse processo também pode ocorrer em diferentes contextos com um processo de assimilação. O livro faz uma revisão geral dos trabalhos de fonética e fonologia que fazem referência a qualquer tipo de fenômeno de espraiamento nasal. Através de uma análise acústica, estudou-se a estrutura dos formantes dos segmentos com nasalização e dos segmentos orais que podem ser nasalizados em um processo de espraiamento nasal. O corpus analisado acusticamente é um conjunto de palavras produzidas por um falante nativo do dialeto paulista. Dadas as dificuldades de definição dos formantes nasais no espectrograma, foram usadas diferentes técnicas, visando alcançar melhores resultados. Essas dificuldades também são discutidas nesse trabalho. O livro contribui para uma melhor compreensão do espraiamento nasal e de como descrever formantes nasais. Ele também apresenta uma análise dos dados da língua portuguesa do Brasil, com especial referência ao dialeto paulista.